Vídeo da Semana (03/01/09 - 10/01/10)

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terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Tecnologias, esfera pública e direitos humanos

Quem não conhece aquela placa retangular amarela nas construções, sobre a qual se escreve em preto: "Proibida a entrada de estranhos. Pais são responsáveis pelos filhos". Os estranhos, se mesmo assim entrarem, vão ver o que vai lhes acontecer. Se nós quisermos ver os mundos virtuais como "estranhos", então se verá aquilo que 3Com tornou slogan publicitário: "Aos estranhos nada acontecerá". A conseqüência é: "Connect or not connect - that's the question". O "ser estranho" tornou-se um lugar nas redes. O estranho é off-line, está, em verdade, na vida real, mas é mantido "do lado de fora das linhas fronteiriças eletrônicas", como explica Mike Godwin os novos espaços sociais.[203]/.../Se se aceita esta base de trabalho [1], então o passo seguinte não pode ser evitado: deve-se separar da visão da pedagogia talvez bem intencionada mas dominante do texto, que armazena verdades reveláveis "preto no branco"e, o que é mais importante, deve-se ampliar o esclarecedor discurso do casamento durável texto-comunicação por meio de imagens inteligentes, integração multimedial do entendimento. Isso significa também que a "comunicação bem-sucedida", como escreveu-o Jürgen Habermas como valor-guia, precisa afirmar-se diante do fluxo informacional mundialmente implantado.Com a integração eletrônica digitalizada da comunicação (de conhecimento) facial e textual e sua remodelação em uma situação de plugagem telepresente termina a objetividade do ser não-participante. Termina também o acordo com uma auto-regulagem contraída de forma duradoura. As coisas acontecem porque são feitas através do uso do meio. E na rede sempre acontece alguma coisa. O uso da comunicação se transforma porque se muda também sua estrutura material e logística, assim como a competência mediática e as expectativas dos usuários. Quem fala de esfera pública e da comunicação não pode ignorar o ambiente reforçado ou prejudicado com computadores e suas redes. No mais tardar em 1981, com a introdução no mercado do PC, a mudança estrutural da esfera pública foi detonada novamente. Rapidamente formou-se, a partir desta época, um mundo on line, no qual foram integrados texto, imagem, som, ampli tudes eletrônicas, presença à distância e alcançabilidade eletrônica. Os ambientes eletrônicos de produção, pesquisa ou consumo levam a duros processos de aprendizagem, dos quais eu menciono aqui quatro tipos principais:- O primeiro passo de aprendizagem, quando se percebe que o computador não é usado, mas que cada um, cada sistema social, usa o computador para si mesmo e se transforma através da ordenação da informação e do tempo;- O segundo passo de aprendizagem consiste em que se tenta manter sob controle por longo tempo a nova relação da interação homem-computador;- O terceiro passo de aprendizagem segue-o rapidamente: consiste no fim do paradigma de planejamento e controle e do entendimento imperioso de que o ambiente inteligente não é controlável em seu enredamento, nas redes. - O progresso consiste então na transformação da acepção, de que os padrões de distribuição e atenção têm tempo de duração muito curto e sempre se precise escolher e decidir novamente. Ambientes inteligentes levam com lógica imperiosa a um processo de acomodação que vai aprendendo. Se este não se realiza, os respectivos sistemas caem no folclórico, no antiquado ou sem utilidade.

Fonte:
[em linha] [consult 8 Dez 2009] Disponível em www: URL:<http://www.eca.usp.br/nucleos/filocom/traducao4.html>

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